sábado, 8 de maio de 2010

Grupo de Teatro de Letras

Quase todas as comemorações são revestidas de pompa e circunstância e transportam consigo um carga simbólica. Embora virtual, as comemorações do centenário da FLUL também não são excepção. Sendo assim, fomos vasculhar não só o baú das memórias, como às fontes de notícias académicas actuais. Achámos, então, que faria todo o sentido, até porque neste mês de Maio se iniciam as actividades do 6º Festival Anual de Teatro Académico de Lisboa - FATAL - contar como nasceu o GTL - Grupo de Teatro de Letras. Grupo este que se mantém activo e de boa saúde desde 1989, graças ao empenho de muitos, em especial devido ao significativo papel do encenador Ávila Costa.

A história do GTL começa em 1965 numa tentativa encoberta de criar na FLUL uma associação de estudantes as quais por esta altura, eram proibidas. Entre os seus fundadores contam-se Fiama Hasse, Pais Brandão, Luiza Neto Jorge, Gastão Cruz e José da Silva Louro entre outros. A primeira peça: Assembleia ou Partida, de Correia Garção e dirigida por Claude-Henri Frèches, apresentava um espírito experimentalista, de certa forma perturbador ao olhos do governo salazarista. A actividade deste grupo foi tão marcante que dele nasceu o Teatro da Cornucópia fundado por Luís Miguel Cintra, Jorge Silva Melo e Eduarda Dionísio.

Até aos anos 80 passaram pelo GTL nomes tão distintos como Maria do Céu Guerra, Lindley Cintra, Luís Lima Barreto, Manuel Gusmão, João Meireles e na encenação, Paulo Matos, Eugénio Vasques e João Grosso.

Actualmente, continua a desenvolver as suas actividades sob o signo contestatário que lhe deu origem, apresentando o seu trabalho em festivais de teatro universitário, nacionais e ibéricos.

Contam-se várias distinções como: Menção honrosa, com a peça Jacques, o Fatalista em 2006; Prémio FATAL - cidade de Lisboa com a peça A Missão de Heiner Müller em 2007; Em 2008 é-lhe atribuída a Menção honrosa pela eficaz direcção de actores na peça Retábulo das Maravilhas de Jacques Prévert.

Para o presente ano, o grupo apresenta a peça Terrores Caseiros, uma versão livre baseada no universo das peças de teatro contemporâneo russo dos irmãos Presniakov. Vejam-nos nas próximas sessões:

13 de Maio - Auditório Ruy de Carvalho em Carnaxide (semana da Juventude), às 21.30h

18 de Maio - Comuna Teatro (FATAL), às 21.30h

23 de Maio - Associação de Músicos de Faro, às 21.30h

27 de Maio - Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade de Porto, às 21.30h


http://www.grupoteatroletras.com/
http://teatrosemletras.blogspot.com/


Sem comentários:

Enviar um comentário